Tapurah: Produtores pedem intervenção federal junto às empresas que vendem defensivos

Crédito: Divulgação

Nove sindicatos rurais do Norte de Mato Grosso e 7 cooperativas de produtores assinam uma carta aberta direcionada para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao governador do Estado, Mauro Mendes e aos líderes da Aprosoja. O documento redigido nesta quarta-feira (8) pede uma ação dos entes públicos a fim de exigir que as empresas que comercializam defensivos agrícolas honrem com os contratos previamente estabelecidos, garantindo o fornecimento dos insumos nos preços já contratados.

A carta é assinada pelos sindicatos rurais de Sorriso, Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã, Vera, Tapurah e Cláudia. Estes municípios somam mais de 2,4 milhões de hectares de área plantada, com uma produção de 9 milhões de toneladas de soja e 13 milhões de toneladas de milho. Também endossam o pedido as cooperativas: COANORTE, COOAMI, COAP, COACEN, COAVIL e CMT.

Essas entidades afirmam que empresas que comercializam defensivos agrícolas estão descumprindo contratos de compra e venda – em alguns casos com pagamentos já efetuados – deixando de fornecer os insumos essenciais à produção agrícola. As entidades destacam a falta de 4 substâncias em específico, embora afirmem que o problema de fornecimento atinge os insumos de forma geral. “Há um contexto global de escassez de produtos, tanto tecnológicos quanto de commodities agrícolas e minerais. Todavia, também é de amplo conhecimento que nesses momentos, infelizmente, há agentes econômicos que se apropriam da narrativa para adotar condutas oportunistas, especialmente no intuito de revisar preços já pactuados”, destaca a carta assinada pelas entidades do Agro.

Os produtores pedem a garantia de fornecimento de Atrazina (herbicida), glifosato (herbicida sistêmico de amplo espectro e dessecante), Imidacloprida (inseticida sistêmico de contato, neonicotinóide), e Diquat (herbicida de contato que produz dessecação e desfolhamento). “Diante deste contexto, sugerimos uma atuação conjunta entre o Ministério da Agricultura e demais órgãos técnicos e fiscalizadores, para que sejam apuradas as condutas apontadas, a fim de que os respectivos fornecedores de Insumos se responsabilizem pela entrega efetiva dos produtos, nas condições, prazo e forma estabelecidos com cada produtor e/ou cooperativa”, frisa o documento.

DOIS PESOS

No começo de 2021, com a alta do dólar e no preço da soja, muitos produtores do Norte de Mato Grosso iniciaram ações a fim de revisar seus contratos futuros. A soja, negociada no primeiro trimestre de 2020, para ser entregue no começo de 2021, acabou sendo vendida na casa dos R$ 70 à R$ 80 a saca. Quando chegou na hora de entregar o grão, a cotação era de R$ 145,00 a saca.

O degrau entre o valor pré-fixado e o preço do balcão no dia deixou muitos produtores descontentes. Alguns procuraram formas de renegociar os contratos e outros simplesmente deixaram de honrar. Apesar da queixa, a taxa oficial de contratos não honrados ficou abaixo de 1%.

Autor: Jamerson Miléski

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