Menor que matou família no RJ viria a MT matar os pais da namorada

Crédito: Reprodução

Conversas entre a adolescente de 15 anos e o namorado virtual de 14, que matou os pais e o irmão de 3 anos, em Itaperuna (RJ), revelaram um plano de matar os pais dela também. De acordo com o delegado de Água Boa, Matheus Soares, responsável pelo caso, os dois pretendiam matar todos os que impedissem o relacionamento entre eles.

“O plano desses jovens era se encontrar e provavelmente, pelo contexto dos diálogos, assim que ele chegasse em Mato Grosso, eles tentariam também matar os pais da adolescente”, disse o delegado.

“O objetivo final deles era ficarem juntos e matar todos aqueles que os impedissem de viver esse sonho de viver esse amor proibido”, completou.

O crime que chocou o país aconteceu no dia 21 de junho. O menor matou o pai Antônio Carlos Teixeira, a mãe Inaila Teixeira e o irmão de 3 anos, com uma arma de fogo do pai. Após cometer o crime, o adolescente jogou os corpos em uma cisterna.

Ao ser apreendido, ele contou à polícia que matou os pais e o irmão porque foi impedido de vir à Água Boa para conhecer a namorada virtual, que ele conheceu através de um jogo. Ele disse também não ter se arrependido e que faria de novo se fosse preciso.

Em depoimento à Polícia Civil de Água Boa, no dia 26 de junho, a adolescente confirmou que sabia do crime e que acompanhou o assassinato por videochamada.

O delegado Matheus Soares contou que o computador dela foi apreendido e, após análise das mensagens que ela trocava com o namorado virtual, ficou constatado que ela tinha um relacionamento com o jovem por mais de seis anos.

“Um dos planos que eles foram amadurecendo era de se encontrar, especialmente desse jovem sair do Rio de Janeiro e vir aqui pro estado de Mato Grosso. Acontece que a família do jovem foi contra esse a vinda dele do Rio de Janeiro para o Mato Grosso, obviamente por se tratar de um adolescente de apenas 14 anos. Esse foi o estopim pra que aquele adolescente cometesse o crime contra os seus pais e o seu irmão”, esclareceu o delegado.

Com as apurações da participação da menor no crime, o delegado identificou que ela foi uma grande incentivadora para que o adolescente cometesse o crime.

“As conversas que identificamos entre eles são conversas que assustam qualquer pessoa. A frieza com que eles conversavam sobre a morte dos pais daquele jovem, sobre como eles iriam desfazer daqueles corpos chama a atenção e assusta até mesmo os policiais mais experientes”, ressaltou Matheus Soares.

Ainda segundo o delegado, no momento em que o jovem atirou no pai dele, ele comunicou a jovem dizendo “atirei no meu pai”, momento em que ela o incentivou dizendo “agora atira nela”, se referindo à mão do menino.

Em seguida ele matou a mãe e o irmão caçula.

“Há uma participação ativa dessa adolescente na execução dessa família”, destacou.

Após o crime, eles continuaram trocando mensagens. Ela chegou a dizer que estava que o namorado virtural tenha feito isso só pra ficar com ela. Nas mensagens, a menina disse também “nunca pensei que alguém faria isso por mim”.

A adolescente foi apreendida pela Polícia Civil de Água Boa na noite dessa segunda-feira (30) e está à disposição da Justiça. O menino já havia sido apreendido no dia 25 de junho.

O crime

No dia 21 de junho o adolescente de 14 anos matou o pai Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos; a mãe Inaila Teixeira, de 37 anos e o irmão de 3 anos. Para mata-los, ele usou uma arma de fogo que havia em casa. O armamento era registrado no nome do pai dele, que era autorizado a mantê-la como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

Após cometer o crime, o menino espalhou um produto químico no chão e arrastou os corpos até uma cisterna da casa, onde jogou os cadáveres.

Nos dias seguintes, parentes passaram a perguntar pelos pais e irmão do adolescente e chegaram a comunicar o desaparecimento à polícia.

Policiais foram até à casa do menino na quarta-feira, para realizar uma perícia, e encontraram os corpos.

O menino confessou o crime e disse que assassinou a família porque os pais eram contra o relacionamento virtual que ele mantinha com a adolescente de Mato Grosso. Em clara demonstração de frieza, ele disse que não estava arrependido e que faria tudo de novo se fosse preciso.

Investigações apontaram que o adolescente estava pesquisando como receber FGTS de pessoas falecidas e já procurava um emprego em Água Boa.

Confira o que disse o delegado Matheus Soares:

 

Autor: Repórter MT

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