Jusiley Borges Pinto, conhecida como “Kaká”, que foi encontrada morta dentro do porta-malas de seu carro na madrugada desta quarta-feira (21), em Cuiabá, possuía ligações com uma facção criminosa e já foi alvo da “Operação Ativo Oculto”.
Na época da operação deflagrada em 2023, foi descoberto que Jusiley era assistente de uma advogada que também foi alvo. De acordo com as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Kaká realizava pagamentos via pix das contas da esposa do líder da facção criminosa, Sandro Silva Rabelo, conhecido como Sandro Louco.
A proximidade de Kaká era tanta com a família do líder da facção, que ela acabou sendo vista na casa dele dias antes da operação Ativo Oculto. Por fim, foi descoberto que Jusiley era “captadora de processos”, e prestava serviços para vários juristas ligados à facção.
Morte de Jusiley
De acordo com apuração, o crime foi praticado por mais de uma pessoa e os criminosos teriam a intenção de desovar o cadáver no matagal da Rodovia dos Imigrantes, porém, por estar muito movimentada, eles desistiram da ideia e abandonaram o corpo dentro do carro Nissan Kicks que pertencia à vítima.
A vítima saiu de casa por volta das 12h para ir na casa de uma pessoa em Várzea Grande e não deu mais sinais. A companheira da vítima ligou diversas vezes e mandou mensagens, mas ao não obter resposta, decidiu acionar a Polícia Civil.
Familiares conseguiram rastrear o carro da vítima, que estaria em um posto de combustíveis, em Várzea Grande, mas ao chegar ao local não encontraram o veículo.
Na madrugada, policiais militares encontraram o carro abandonado próximo ao posto. Em vistoria no veículo, encontraram o corpo da vítima no porta-malas.