Portaria publicada no Diário Oficial da União comunicou, nesta semana, a incorpação do medicamento trastuzumabe entansina, conhecido como TDMI-1, ao Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento recebeu aprovação para auxiliar no tratamento do câncer de mama no Brasil em 2014 e é indicado para casos mais avançados de pacientes HER2 positivo. Entretanto, ainda não há informaçções sobre quando estará disponível na rede pública.
De acordo com o Oncoguia, o tipo HER2 positivo do câncer de mama é caracterizado quando há altos níveis da proteína HER2 nos tumores mamários, os quais se espalham mais rapidamente no organismo. A incorporação da substância TDMI-1 ao SUS abre novas possibilidades para o tratamento específico de pessoas com a condição.
Assim, evita efeitos colaterais comuns ao tratamento do câncer, como a queda de cabelo. Também proporciona uma terapia com anticorpos contra a proteína específica.
O TDMI-1 é indicado para pacientes com casos avançados da doença, que representa até 30% dos tumores mamários malignos, e geralmente é aplicado nas veias, como uma injeção. A diferença entre a substância e outros medicamentos é que ela atua diretamente no combate à proteína HER2. Mas embora o uso da trastuzumabe entansina gere bons resultados, especialistas afirmam que ela deve ser utilizada com atenção.
De forma geral, a injeção é muito eficaz e causa poucos efeitos colaterais, entre eles dor de cabeça, febre e calafrios.
“Há um risco muito pequeno de diminuição da função cardíaca, porém esta toxicidade costuma ser reversível com a suspensão do tratamento. O anticorpo conjugado também costuma ser bem tolerado e raramente causa problemas cardíacos, mas pode provocar fadiga, náuseas, dores musculares e articulares, diminuição da contagem das plaquetas, dor de cabeça, constipação e problemas hepáticos”, explica o médico oncologista clínico Rodrigo Santa Cruz Guindalini.
Quando a substância é aplicada via oral, ela pode causar efeitos como diarreia, vermelhidão e coceiras na pele, náuseas, vômitos e fadiga.