Produtores de diferentes regiões do país estão relatando o mesmo problema. Com a soja já grande, a base quebra, fazendo a planta tombar precocemente. Já há caso do quebramento de haste principal no Rio Grande do Sul, Paraná, Maranhão e especialmente, em Mato Grosso, com maior frequência na região de Sorriso desde a safra 2020/2021, expandindo-se para outras regiões adjacentes na safra 2021/2022, de acordo com informações da Proteplan Pesquisa Agrícola.
O problema é caracterizado, incialmente, pelo alongamento do caule entre a folha cotiledonar e as folhas primárias, seguido pelo estreitamento dessa mesma região e posteriormente pela quebra da haste principal a partir da fase reprodutiva, causando a interrupção do ciclo da cultura. A causa da quebra da haste ainda é desconhecida. Especialistas e pesquisadores buscam entender o problema. Ainda não se sabe se seria um fungo ou uma deficiência de nutrientes ou qualquer outro fator possível. São buscadas respostas nas áreas de fisiologia das plantas, fitopatologia, entomologia, e genética. Por enquanto o que se observa são imagens como a ao lado, com uma lavoura em Lucas do Rio Verde (MT) com acamamento causado pelo problema, formando desenhos indesejáveis na lavoura. A Proteplan divulgou um comunicado reforçando que os estudos estão sendo feitos nas mais diversas regiões afetadas pelo problema e que tão logo os resultados estejam mais avançados serão divulgados. (Foto: Proteplan/MT).
Segundo a Embrapa o problema não é novo e já foi observado em lavouras do sudoeste de Goiás, na década de 90, no Maranhão em 2000 e no Paraná, em 2015. No entanto, as causas ainda não são claras e o clima não seria uma explicação já que varia entre as diferentes regiões produtoras.
Os estudos já são feitos pela própria Embrapa junto com a Fundação Rio Verde e um grupo de pesquisadores. “Assim que conseguirmos reunir um pacote de informações concretas, que possam ajudar os produtores na sua tomada de decisões, divulgaremos esses resultados para toda a comunidade para ajudá-la a minimizar os problemas que temos tido nas lavouras”, disse Fabio Pittelkow, diretor de pesquisa da Fundação Rio Verde.