Quase 20% dos jovens brasileiros usam cigarros eletrônicos

Crédito: Divulgação

Ao menos 1 a cada 5 jovens brasileiros entre os 18 e 24 anos de idade fazem uso constante ou esporádico dos cigarros eletrônicos. Foi o que apontou o relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas em Tempos de Pandemia) divulgado no final de abril deste ano. A pesquisa, que ouviu mais de 9 mil pessoas, fez uma abordagem inédita no Brasil, sobre o uso de dispositivos eletrônicos em substituição ao cigarro convencional.

O estudo mostrou que quase 20% da população jovem faz uso dos cigarros eletrônicos, com maior prevalência entre homens em todas as faixas etárias, com 10,1% impactados pelo novo hábito e o Centro-Oeste é a região de maior prevalência. Outro dado inédito da pesquisa foi de uso de narguilé entre a população brasileira, com uma taxa de experimentação de 17%, entre os jovens.

A adesão dos jovens aos cigarros eletrônicos tem algumas explicações, entre elas, a “modinha”; a substituição do cigarro comum por outro que permita a socialização – como não deixa cheiro e a fumaça aparentemente não é agressiva, é mais tolerado em ambientes sociais como bares, festas e até mesmo no ambiente doméstico – e, também, porque com o aumento de número de fumantes que estão abandonando o consumo de cigarros, a indústria do tabaco tem investido em novas formas de atrair consumidores, principalmente o público jovem.

Outra explicação é que, embora tenham a venda proibida no Brasil, os cigarros eletrônicos são encontrados com muita facilidade, desde bancas de revistas até bares e tabacarias, passando, obviamente, pelo comércio ambulante de rua.

Substituição – O administrador Lucas Minelli e o estudante de Odontologia Haroldo Alves, ambos com 31 anos, afirmam que passaram a consumir os cigarros eletrônicos como forma de substituir o cigarro convencional. “Também como não tem cheiro, o cigarro eletrônico é mais aceito”, disse Haroldo.

“Eu queria substituir o cigarro. Também foi um pouco por ‘modinha’, mas influenciou o fato de que o eletrônico não incomoda tanto. Como não deixa cheiro é mais tranquilo usar”, disse Lucas.

“A praticidade e aparência tecnológica do cigarro eletrônico têm sido atrativos especialmente entre os jovens”, afirma Valéria Rojas, do Núcleo de Hábitos Saudáveis da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), responsável pelo Programa de Controle do Tabagismo. Mas, ela adverte que, embora atrativos, os dispositivos eletrônicos não são seguros e possuem substâncias tóxicas além da nicotina, que é a droga que causa dependência.

“O cigarro eletrônico pode causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer”, adverte. Ela informa aos interessados que o tratamento para sair da dependência desse tipo de cigarro também pode ser feito nos 17 ambulatórios de combate ao tabagismo, no município de Manaus.

O tabagismo, e o uso de cigarros eletrônicos incluído, é fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O acesso aos cigarros nesse período de vida é preocupante, uma vez que esse público se encontra na fase de formação de consciência crítica, da construção da autoestima e da incorporação de comportamentos que podem acompanhá-los pelo resto da vida. Quanto mais precoce, maiores as chances de desenvolver as DCNTs.

Autor: Canaltres

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