O suinocultor sorrisense Itamar Canossa, presidente do Fórum Agro MT e da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), volta a destacar a crítica situação dos produtores em todo o Mato Grosso. Segundo ele, os prejuízos são de quase R$ 300 por animal enviado para abate, isso levando em consideração um animal com peso aproximado de 130 kg.
A categoria visa amenizar as perdas sofridas pelos suinocultores de Mato Grosso nos últimos meses, devido ao alto custo de produção, causados pelo elevado preço do milho e do farelo de soja, além do baixo preço pago pelo quilo do animal.
“Sabemos que a suinocultura é uma atividade que passa por crises sazonais e que os produtores estão de certa forma calejados e com a casca grossa para atravessar esses períodos difíceis. No entanto, a mais recente, que iniciou no último semestre do ano passado e se agravou nas últimas semanas, tem causado prejuízos a todos os suinocultores que, com muita dificuldade, continuam na atividade”, destacou Itamar.
A entidade frisa que o preço pago ao suinocultor por quilo do animal vivo está aquém do valor ideal, o que penaliza financeiramente o produtor. “Em São Paulo, na primeira semana de fevereiro, produtores relataram perda superior a R$ 360 por animal vendido com 110 kg. Com a leve alta nas últimas semanas no preço pago ao produtor, esse prejuízo diminuiu, mas ainda é superior a R$ 170”.
Para tentar resolver o impasse, segundo Itamar, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), e outras entidades como o Fórum Agro MT e a Acrismat participaram de uma audiência com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, em Brasília. Na oportunidade, os representantes solicitaram medidas emergenciais para minimizar os efeitos causados pelo alto custo de produção e ao baixo preço pago aos suinocultores pelo quilo do animal.
“Com a água no pescoço e trabalhando no vermelho há alguns meses, grande parte dos produtores não conseguiu honrar seus compromissos e por isso, solicitamos a prorrogação do prazo de pagamento dos custeios pecuários conforme Manual de Crédito Rural, inclusive com a inclusão de parcelas já vencidas, para dar um fôlego imediato aos suinocultores. Além do pedido da reativação da linha de crédito de custeio, direcionada para a Retenção de Matrizes Suínas e a concessão de limite de crédito”, lamentou o presidente da Acrismat.