A Polícia Judiciária Civil (PJC) localizou, no final da manhã desta segunda-feira (03), o corpo da jovem Luana Bruineis, que havia sido sequestrada na última quinta-feira (27), conforme já informado. A descoberta representa um passo importante na investigação do caso, trazendo algum conforto à família da vítima.

De acordo com informações repassadas pela polícia, o corpo foi encontrado após uma denúncia sobre um lençol deixado à beira da rodovia. A equipe policial já possuía indícios de que o corpo poderia ter sido desovado na região e, ao investigar a área, percebeu uma alteração na vegetação do outro lado da estrada. Seguindo essa pista, os agentes encontraram uma trilha que levou até uma cova, onde o corpo foi localizado. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada imediatamente.

A perita Aline, da Politec, explicou que o corpo de Luana Bruineis foi encontrado com os pés amarrados e encolhida. “A corda envolvia tanto os pés quanto a região do quadril, e ela estava amordaçada”, relatou. A causa da morte e a arma utilizada no homicídio ainda serão investigadas pelo Instituto Médico Legal (IML).

O delegado Bruno França revelou que há fortes indícios de que a jovem foi assassinada em uma casa no bairro Ocidental, onde vestígios foram apagados com água sanitária. “Vamos solicitar à Politec uma análise minuciosa para determinar o que foi usado no crime. Até o momento, duas pessoas já foram presas e uma adolescente, suspeita de ter atraído a vítima, está foragida, mas já foi identificada. Seguimos apurando quem são os demais envolvidos e quem enterrou o corpo”, afirmou o delegado.

Durante a perícia no local onde o corpo foi encontrado, a polícia apreendeu um pano, uma roupa de cooperativa com tarja luminosa – possivelmente utilizada no transporte da vítima – e um isqueiro.

As investigações também apontam para um mandante do crime, que já está preso na Penitenciária Central do Estado. Segundo a polícia, quatro indivíduos procuraram Luana no dia 26, e suspeita-se que sejam os responsáveis pelo assassinato. “Um deles se recusa a falar, enquanto outro alega que apenas ajudou a mudar o corpo de local”, destacou o delegado.

Os suspeitos responderão por omissão de cadáver, sequestro, homicídio e integração em organização criminosa. A polícia segue trabalhando para esclarecer todos os detalhes do crime e responsabilizar os envolvidos.