Falsa médica é presa atendendo em Unidade de Saúde

Crédito: Divulgação

Uma mulher, cuja identidade ainda não foi divulgada, foi presa na tarde desta quinta-feira(09) em Matupá, suspeita da prática dos crimes de falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. A suposta médica estaria atuando na Unidade Básica de Saúde do Bairro União. Ela foi presa no local de trabalho e conduzida a Delegacia Municipal onde permanece detida.

Pelo menos há 30 dias, denúncias sobre a atuação dela chegaram ao conhecimento da Câmara Municipal de Vereadores. Conforme essas denúncias, os pacientes eram atendidos por ela, que assinava e emitia o receituário médico com o carimbo contendo o número do registro do CRM (Conselho Regional de Medicina) de outro profissional, no caso, o médico Giuliano Muzio Candido, contratado para atuar na UBS do Bairro União.

Na prática, conforme a denúncia, o médico não comparecia regularmente à unidade de saúde e o atendimento aos pacientes era feito pela suposta médica.

Tão logo tomou conhecimento dos fatos, um vereador, que pediu que seu nome fosse mantido em sigilo por enquanto, decidiu acionar o Ministério Público. O parlamentar disse que pretende falar sobre o caso no momento oportuno, mas adiantou que teve acesso às receitas, com o carimbo do Dr. Giuliano, emitidas pela suspeita a vários munícipes que o procuraram.

De posse das denúncias, inclusive com as provas materiais reunidas e repassadas pelo vereador, o Ministério Público e investigadores da Polícia Judiciária Civil se deslocaram até a referida unidade de saúde, onde os crimes estariam sendo praticados.

Para a surpresa dos agentes e representantes da promotoria, tais práticas estariam ocorrendo no exato momento em que eles chegaram ao local.

A suspeita acabou presa em flagrante.

O Nortão Agora conversou por telefone com o delegado titular de Matupá, Waner Neves, que se encontra em Guarantã do Norte. Ele confirmou a prisão em flagrante da suposta falsa médica e disse que dará maiores detalhes nesta sexta-feira em entrevista coletiva.

O delegado adiantou que uma das informações que estão sendo apuradas, é de que a servidora teria estudado medicina na Bolívia, mas que não concluiu o curso e por isso, não estaria habilitada a atuar como profissional da área médica.

Ainda segundo o delegado, a responsabilidade do profissional que permitia o uso de seu CRM nas receitas emitidas pela falsa médica também será apurada no decorrer das investigações.

Já o vereador que apresentou as denúncias ao Ministério Público, disse que vai cobrar explicações da Administração Municipal diante de tais atos.

No final da tarde, a Prefeitura Municipal emitiu uma nota na qual procurou se eximir de qualquer responsabilidade, alegando que tais contratações teriam sido feitas em 2019, portanto na gestão passada.

A nota porém, está sendo veentemente desmentida pela ex-secretária municipal de saúde e ex-assessora administrativa de políticas públicas de saúde, Meire Aparecida, que afirma que a suposta médica em hipótese alguma foi contratada pela gestão anterior.

“A contratação dos profissionais em nossa gestão sempre se deu dentro dos trâmites legais, inclusive com uma rigorosa verificação e checagem junto aos conselhos, passando pelo crivo da procuradoria e da controladoria interna do município, bem como uma permanente fiscalização da atuação deles. Neste caso específicamente, o profissional contratado, (Dr. Giuliano Muzio Candido), estava com o CRM e demais documentação em dia quando de sua contratação, isso foi checado inclusive no site do Conselho Federal de Medicina”, disse Meire.

Quanto a mulher presa na tarde de hoje, a ex-secretária fez questão de frizar que ela não foi contratada na gestão passada. “Pelo que tenho de informação, trata-se de uma estagiária que estaria atuando desde julho deste ano na UBS do Bairro Uniao. Quando estivemos à frente da saúde, nossa preocupação sempre foi a contratação de profissionais devidamente credenciados e habilitados com o CRM em dia”, afirmou Meire Aparecida.

Fonte: Nortão Agora

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