Escrivão de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC/MT), Celso Pavani de Sousa, acusado de vazar informações da ‘Operação Carga Máxima’ a traficantes de Cuiabá, foi demitido do cargo, conforme publicação no Diário Oficial do Estado nessa quinta-feira (30).

O escrivão chegou a ser preso em março de 2016, quando a instituição descobriu que o policial teria repassado por mensagens de celular informações sobre os mandados de busca e apreensão da Operação.

À época, diretora de atividades especiais da Polícia Judiciária Civil, Maria Alice Amorim relatou que o acusado foi autuado por violação do sigilo funcional e associação ao tráfico de drogas, quando ainda colocou em risco a vida dos policiais que deflagraram a Operação.

“A delegada que estava executando o trabalho de busca e apreensão detectou no celular do alvo uma mensagem que o policial havia mandado, afirmando que saia da delegacia e que na madrugada do dia seguinte haveria uma operação integrada da PM e Civil, e que a concentração seria por volta das 4h”, disse Maria Alice à época dos fatos.

Alvo da operação, a traficante Cristiane de Almeida Pereira foi uma das ‘informadas, mas ainda assim permaneceu em casa e foi presa em flagrante em posse de drogas.

O acusado ainda foi alvo de um Processo Administrativo (PAD) e após um parecer da Procuradoria-Geral do Estado, o governador Mauro Mendes (DEM) assinou a demissão de Celso.

Veja a publicação

“O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso de suas atribuições legais, diante do Processo Administrativo instaurado em face do servidor CELSO PAVANI DE SOUSA, Escrivão de Polícia/ PJC-MT, matrícula nº 234262, RESOLVE: 1. Acolher as recomendações da Procuradoria-Geral do Estado, exaradas no Parecer nº 597/SGACI/2021; 2. Determinar a aplicação da pena de DEMISSÃO ao servidor CELSO PAVANI DE SOUZA, Escrivão de Polícia/PJC-MT, matrícula nº 234262”