O ministério da Pesca e Aquicultura lançou, ontem, boletim informativo com um panorama sobre a atividade dos pescadores no último ano no Brasil. Foi constatado que, em Mato Grosso, existem 1.703 profissionais do setor registrados, dos quais 74,3% estão concentrados em 10 municípios: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres, Poconé, Barão de Melgaço, Santo Antonio do Leverger, Barra dos Bugres, Rosário Oeste e Barra do Garças.

No Nortão, todas as cidades apresentam de um a 200 pescadores registrados, com exceção de Apiacás, Terra Nova do Norte e União do Sul, que não apresentam nenhum registro.

A pesquisa revelou que, quase na totalidade, os recursos alvos no Estado são peixes, seguido por répteis. No recorte de gênero, cerca de 57% dos pescadores são homens com idade média de 51 anos e 43% mulheres com idade média de 47. Do total, 56,6% são alfabetizados e apenas 5,5% possuem capacitação profissional. Além disso, 12,1% acessam os programas governamentais Renda Brasil e Bolsa-Família e a grande maioria são de pessoas pardas (74,3%).

Entre todas as unidades da federação, 22 possuem menos de 50 mil profissionais registrados, incluindo Mato Grosso, sendo o Distrito Federal com o menor número (401) e o Maranhão o maior com (556 mil) número de registros.

No total, no Brasil, existem 1,65 milhões de pescadores registrados. A região Nordeste e Norte representam a maioria do total de pescadores e pescadoras registradas no país, juntos os estados do Maranhão, Amazonas, Pará e Bahia compreendem a 68,3% (1,1 milhão) do total.

O documento também revela alguns dados desafiadores, como que 84% das pessoas que vivem da pesca têm renda de até R$ 1.045 e que, apenas no ano passado, cerca de 1,1 milhão de pescadores receberam o seguro-defeso, benefício financeiro concedido aos pescadores artesanais durante o período em que a pesca é proibida.