Casal que viveu 43 anos junto morre com duas horas de diferença

Crédito: Reprodução

Sebastião Francisco de Abreu, de 72 anos, e Almezinda Maria da Fonseca de Abreu, de 70, morreram com menos de duas horas de diferença em São João del Rei, no interior de Minas Gerais. Casados há 43 anos, a forte ligação entre eles impressiona a família, que vê na proximidade das mortes a continuidade de um amor que ultrapassa o tempo.

“Quando o coração do meu pai parou, parece que o da minha mãe também parou junto. Parece que ele saiu dali só para buscar ela”, disse Tiago Abreu, um dos dois filhos do casal, em entrevista ao portal G1.

Sebastião enfrentava problemas de saúde desde o ano passado, quando passou por uma cirurgia após fraturar o fêmur. A recuperação foi longa e exigiu sessões constantes de fisioterapia. Nos últimos 40 dias, foi internado devido a uma infecção urinária que evoluiu para pneumonia, agravada por insuficiência cardíaca. Almezinda esteve ao lado dele durante todo o processo, recusando-se a deixar o hospital, mesmo com tentativas da família de revezar os cuidados. “Ele dizia que ela era a médica dele”, contou Tiago.

Na manhã de quarta-feira (20), o quadro de Sebastião piorou. Almezinda, abalada, chegou a enviar um áudio chorando para o filho, pedindo que fosse ao hospital. Ao chegar, Tiago encontrou a mãe também fragilizada. “Ela conhecia os procedimentos do hospital, já tinha visto outras pessoas partirem. Sabia o que estava por vir.”

Por insistência da família, Almezinda foi levada para descansar na casa de uma tia. Mas já deixava claro que não suportaria viver sem o companheiro. “Ela disse com todas as letras que ia encontrá-lo. Era como se ela já soubesse.”

Sebastião morreu às 23h, na Santa Casa de São João del Rei. Cerca de uma hora e meia depois, a família recebeu a notícia de que Almezinda havia sofrido um ataque cardiogênico fulminante e também havia falecido. Ela nem chegou a saber da morte do marido. Para os filhos, a ligação entre os dois não permitiu que um seguisse sem o outro.

No cemitério, os filhos decidiram enterrar os pais na mesma sepultura, mesmo que o plano inicial fosse colocá-los lado a lado em gavetas diferentes. “Não teve dúvida. Nunca foram separados. Nem deveriam ser agora.”

O velório reuniu vizinhos, amigos, religiosos, crianças e moradores em situação de rua. Todos com histórias de carinho e admiração. “Eles viveram e morreram do jeito que escolheram: juntos, em paz, com fé. E deixaram um legado que a gente carrega com orgulho”, disse Tiago. Como forma de homenagem, o filho escreveu uma música para homenagear os pais.

Autor: Correio24horas

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