Depois de passar quase nove anos preso, Clodoaldo Lagner, condenado em 2016 a 14 anos de reclusão por abuso sexual contra a própria filha, deixou o presídio nesta semana. A libertação ocorreu após a vítima, hoje com 14 anos, revelar que a acusação havia sido induzida pela mãe.
Na época do julgamento, laudos periciais já indicavam a ausência de provas conclusivas contra Clodoaldo. Ainda assim, a sentença foi mantida e ele permaneceu cumprindo pena. O caso ganhou novo rumo recentemente, quando a adolescente prestou novo depoimento, afirmando que não sofreu o abuso e que foi orientada a mentir durante o processo.
Com a revelação, a defesa solicitou a revisão da condenação, e a Justiça determinou a soltura imediata do réu. “Foram anos de sofrimento e injustiça. Agora, espero reconstruir minha vida”, declarou Clodoaldo ao deixar o presídio.
A denúncia contra a mãe da menina deve ser analisada pelo Ministério Público, que pode investigar por denunciação caluniosa e outros crimes relacionados. O caso reacende o debate sobre condenações baseadas em provas frágeis e o impacto irreversível que erros judiciais causam na vida de inocentes.