Campeão da soja e milho, MT tem um “pezinho” na produção de café

Crédito: Reprodução

O estado que tem a sua maior vocação na produção de soja, milho, algodão e carne também tem um “pezinho” na cultura do café. Os cafeicultores de Mato Grosso devem colher mais de 265 mil sacas, plantado em uma área de 11,6 mil hectares, que corresponde a mais de 11 mil campos de futebol. As informações são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo a empresa pública, mesmo com uma produção que corresponde 0,5% da produção nacional, estimada em 55,6 milhões de sacas, Mato Grosso ainda está na frente de estados como Pará, Mato Grosso do Sul, Ceará, Pernambuco, Acre e Distrito Federal. Juntos, esses estados vão produzir 120,4 mil sacas de café.

Ademais, MT também aparece à frente dos estados do Amazonas (25,7 mil sacas) e Goiás (210,1 mil sacas). Já o ranking dos maiores produtores é liderado por Minas Gerais, com 26 milhões de sacas, que é seguido por Espírito Santo, que tem produção de 16,3 milhões de sacas e São Paulo, com 5,5 milhões de sacas.

Em Mato Grosso, a produção do café está concentrada na região Norte do Estado, porém, a Conab não especifica quais municípios. Ainda segundo a Companhia, a produção foi afetada pela redução das chuvas e calor extremo no final de 2023 e começo de 2024, o que coincidiu com o replantio feito por muitos produtores.

A troca das cultivares convencionais por cultivares clonais, que garantiria maior produtividade e eficiência aos agricultores, provocou um revés na produção. Portanto, mesmo com aumento de área dos 2% das lavouras, que alcançou 11.825 hectares, a produção deve cair 1,2%, de 268,4 mil sacas para 265,3 mil sacas.

“O cenário produtivo para essa safra se mostrou irregular, justamente por fatores climáticos na fase vegetativa e de início de reprodução das lavouras. Em vários municípios produtores houve registro de que a disponibilidade de água para irrigação foi prejudicada pela redução no volume de chuvas no ciclo pluviométrico de 2023/24”, diz a Conab.

Café deve continuar caro

Já a safra brasileira do grão deve apresentar aumento 2,7% na produção brasileira, que deve alcançar 55,6 milhões de sacas, o preço do produto não deve apresentar baixas significativas. Segundo a Conab, os estoques finais de café, previsto para esta temporada, é o menor desde 2019, quando estava em 36,9 milhões de sacas, contra 20,8 milhões de sacas em 2025.

“Em março de 2025, os preços nas Bolsas de Nova Iorque e Londres apresentaram uma ligeira redução em razão da preocupação com a demanda global e aproximação da colheita no Brasil e na Indonésia, no entanto não são esperadas reduções expressivas nas cotações em razão do baixo patamar dos estoques atuais”, afirma a Conab.

Preços

De acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço da saca do café arábica era de R$ 1.098 em maio de 2024. Já em maio deste ano, a saca do café arábica é vendida por R$ 2.589, alta de mais de 135%. Já o conilon, cultivar plantada em MT, era vendido por R$ 955 a saca, saltou para R$ 1.659, alta de 73%.

Autor: Estadão Mato Grosso

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