Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou que Mato Grosso possui 11 casos confirmados de febre Oropouche, uma doença viral transmitida pelo Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Embora a localização exata dos pacientes contaminados não tenha sido revelada, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) aguarda mais informações do órgão federal desde a confirmação dos casos.

Em contrapartida, a Prefeitura de Cuiabá emitiu um comunicado no mesmo dia informando que não há registros da doença na capital, mas ressaltou estar em alerta quanto ao risco de propagação do vírus.

Os dados divulgados pelo Governo Federal indicam que, em apenas uma semana, houve um aumento de 120% nos casos confirmados no estado. No dia 19 de março, Mato Grosso contabilizava cinco casos, enquanto, posteriormente, esse número subiu para 11.

A nível nacional, o panorama também preocupa. O Brasil já registra mais de 3,3 mil casos confirmados de febre Oropouche, representando um aumento de 27,9% em relação aos dados do dia 19 de março, quando cerca de 2,5 mil casos foram registrados em todo o país.

A febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos, que podem manter o vírus em seu sangue por alguns dias após picarem uma pessoa ou animal infectado, podendo passá-lo para outras pessoas saudáveis. A doença possui dois ciclos de transmissão: o silvestre, envolvendo animais como bichos-preguiça e macacos, e o urbano, no qual os seres humanos são os principais portadores do vírus. Os sintomas são semelhantes aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, muscular e nas articulações, náusea e diarreia.

As autoridades de saúde estão atentas à situação e recomendam medidas preventivas para evitar a propagação da doença.