Operação desarticula quadrilha que furtou R$ 6 milhões de quilos de grãos

Crédito: Polícia Civil-MT

Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) deflagrou nesta terça-feira (26) a Operação Safra 2, em Mato Grosso, que cumpre 26 ordens judiciais contra criminosos envolvidos em furto e desvio de cargas de grão em Mato Grosso. Os crimes causaram um prejuízo de R$ 16 milhões. Só em um ano, o prejuízo foi de R$ 6 milhões.

Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Civil, são cumpridos 9 mandados de prisão temporária e 9 de prisão preventiva em 3 cidades, Nova Mutum, Sinop e Cuiabá. Há ainda arresto de bens e imóveis.

Ao todo, 79 pessoas são investigadas pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado, receptação qualificada, falsificação de documentos e uso de documentos falsos.

Os alvos são caminhoneiros e outros integrantes da associação – não informado a área de atuação. Os criminosos atuavam como líderes do grupo, os aliciadores, receptadores, falsificadores e financiadores dos crimes; além de 5 empresas transportadoras e beneficiadoras de grãos.

Conforme a GCCO, a atuação do grupo criminoso responsável pelo furto de cargas de soja e milho causou um prejuízo superior a R$ 16 milhões de reais a diversas empresas transportadoras e seguradoras ligadas ao setor do agronegócio mato-grossense.

Modus operandi

O grupo criminoso agia, aliciando os motoristas de caminhões, antes mesmo que estes fizessem os carregamentos das cargas. Após iniciarem o transporte dos grãos, em vez de seguirem para o destino, que na maioria das vezes era o porto de Miritituba (PA) ou em Rondonópolis, os motoristas desviavam as cargas para as empresas investigadas, localizadas nos municípios de Nova Mutum e Cuiabá.

O delegado responsável pela investigação, Gustavo Belão, explica que, após entregar as cargas nas empresas receptadoras, os motoristas recebiam dos aliciadores os pagamentos, cerca de R$ 25 mil por carga desviada, além de um ticket falso de descarga.

“Esses tickets eram repassados pelos motoristas para as empresas vítimas, dando aparência de licitude e ludibriando as transportadoras, pois indicavam que as cargas teriam sido entregues no destino final. Contudo, após um período, as empresas vítimas entravam em contato com os portos para onde as cargas deveriam ter sido entregues e descobriam que os produtos nunca chegaram ao destino e que os tickets apresentados eram falsos”, aponta o delegado da GCCO.

As investigações apuraram que, aproximadamente, 152 cargas foram desviadas no período de um ano, o que representa mais de 6 milhões de quilos de soja e milho.

“As medidas cautelares representadas pela Polícia Civil, dentre elas o arresto de bens móveis e imóveis, têm por objetivo o ressarcimento dos prejuízos causados às vítimas”, destaca o delegado titular da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.

Ele acrescenta ainda que as ordens judiciais visam primordialmente cessar a atividade criminosa da quadrilha e, principalmente, restabelecer a ordem pública e a sensação de segurança do setor do agronegócio no estado de Mato Grosso.

Operação Safra 1

Em julho do ano passado, a Polícia Civil de Mato Grosso desmantelou uma organização criminosa baseada no estado de São Paulo que atuava no furto e roubo de cargas de grãos em território mato-grossense e em outras unidades da federação.

As investigações iniciaram na Delegacia de Paranatinga, que apurou o furto de cargas de soja ocorridos no município. A partir de outras ocorrências registradas nas cidades de Sorriso e de Ipiranga do Norte, a GCCO identificou um esquema criminoso envolvendo uma empresa de transportes, sediada no município de Assis (SP), que era utilizada para a prática dos crimes.

Durante muitos anos, o proprietário e demais integrantes vinham ‘desviando’ cargas de grãos em Mato Grosso, conforme constam em mais de 40 boletins de ocorrência registrados pelas empresas proprietárias das cargas. De acordo com a investigação, o proprietário da empresa, que foi preso, e o grupo criminoso atuavam como verdadeiros ‘piratas’, entrando em Mato Grosso e furtando as cargas de grãos.

A investigação apontou que a quadrilha utilizava as mais variadas fraudes, aproveitando-se de falhas no sistema de controle das fazendas e das transportadoras contratantes. Depois de praticarem os furtos, voltavam à cidade de Assis levando o “espólio” arrebatado.

Autor: GCCO/Polícia Civil-MT

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