Itanhangá: Cattani rebate matéria tendenciosa de site de esquerda

Crédito: Reprodução

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL-MT) disse à coluna, em áudios enviados por telefone, que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “ajudou a fazer” a agenda com o comando do Incra, em Brasília, no dia 10 de março. Segundo o parlamentar, o objetivo da audiência foi entregar um “dossiê” e pedir ao Incra que “defenda os produtores rurais, e não essa bandidagem do MST”.

“Nós realizamos uma audiência pública lá no Itanhangá. E recebemos – essa audiência está no site da nossa Assembleia Legislativa – e recebi em mãos das pessoas, dos produtores de lá, todas essas denúncias em um dossiê que nós queríamos entregar para o presidente do Incra. Infelizmente naquele dia que nós estivemos no Incra – o Eduardo Bolsonaro nos ajudou para fazer a agenda – o presidente do Incra teve uma fatalidade na vida e o [diretor] Giuseppe nos atendeu. Nós fizemos a denúncia ao Giuseppe e entregamos o dossiê para que ele tomasse providências”, disse Cattani.

O deputado voltou a dizer que há um acampamento do MST no assentamento do Incra que estaria tentando “tomar as terras” dos produtores. “Fizemos a denúncia desse lote que foi cedido para o MST dentro do assentamento, que é um crime na nossa visão e também pedimos a ele que tomasse providências. […] O que nós fomos fazer lá foi isso, foi entregar esse dossiê para o Incra para que tome providências e defenda os produtores rurais, e não essa bandidagem do MST”.

A coluna perguntou a Cattani que provas ele tem de que o MST organiza famílias no assentamento. O parlamentar enviou fotografias de uma manifestação da “FLN”, um grupo de sem-terra que não tem relação com o MST e, segundo os integrantes do “Acampamento Nova Aliança” de Itanhangá, também não tem ligação com os acampados do assentamento, configurando um grupo autônomo que tem tentado ganhar espaço na região mas não teria famílias acampadas dentro do assentamento.

Após a coluna dizer ao deputado que a “FLN” não é o MST, Cattani afirmou: “Então tá bom, eu retiro o que eu falei, não é o MST, é o FLN, tá? Se você acha mais bonito assim, se fica melhor assim, então eu retiro o que eu disse, não é o MST, é o FLN”.

“A gente se refere ao MST para qualquer tipo de invasão de terra que possa acontecer no nosso país, porque de fato só eles que fazem. Tudo vem deles”, disse o deputado. Perguntado se a Operação Terra Prometida, desencadeada em 2014, não encontrou irregularidades em inúmeros lotes no Itanhangá, Cattani respondeu que a operação “acharia irregularidade em praticamente todos os lotes em qualquer assentamento que ela fosse, inclusive no meu, eu moro num assentamento” porque o governo, segundo ele, não garante o título de propriedade.

“Essa denúncia que foi feita para gerar a Operação Terra Prometida foi feita tecnicamente em cima disso, para que as pessoas viessem e tentassem tomar lote daquelas pessoas que chegaram lá, desbravaram. […] A pessoa desmatou, abriu, catou raiz, preparou a terra, ela produziu e agora vem lá, em 2014, quase que 20 anos depois de o assentamento estar pronto, com toda a área aberta, e aí vem julgar e condenar essas pessoas porque muitas vezes arrendou o lote para o vizinho, ou porque a pessoa ficou doente e teve que vender o lote, porque passou quase a vida toda lá, e vendeu de forma irregular porque não existe uma forma de vender regularmente porque não foi dado a ele o título de de propriedade. Então esse é o grande problema, criaram uma situação.”

Indagado se Eduardo Bolsonaro concorda com as suas posições sobre o assentamento em Itanhangá, o deputado respondeu: “Eu não posso responder em nome do Eduardo, do deputado Eduardo. Ele como parlamentar federal nos ajudou a fazer a agenda no Incra, e isso é tudo o que eu posso te falar. Qualquer coisa que ele ele queira falar sobre ele, quem tem que falar é ele próprio”.

Autor: Redação/Rubens Valente-UOL

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