O vereador Romeu Franques Belem (DEM), que morreu ao bater o carro que dirigia contra uma carreta na tarde desta quinta-feira (14), havia sido acusado pela ex-companheira de ter abusado da própria filha em setembro.
Segundo o registro policial, registrado no dia 18 do último mês, a mãe foi surpreendida pela filha que, durante uma briga, contou que era apalpada nas partes íntimas pelo pai durante as visitas que fazia à casa do vereador.
Na denúncia, a mulher narrou ainda que a filha havia contado que o pai tentou beijá-la à força e havia se trancado sozinha com a criança dentro de um quarto.
Em meio à apuração da denúncia por parte da polícia, o vereador deixou um áudio em tom de despedida no qual pede perdão à família e cita a acusação, apontando que “não conseguiu lidar com a situação”.
A suposta pressão também é relatada em um texto atribuído ao vereador no qual Romeu relembra novamente as acusações e diz que sua filha foi induzida pela mãe a fazer a denúncia.
No texto, o parlamentar nega qualquer tipo de abuso, diz que está com raiva e que sente vontade de matar a ex-companheira. Para não cometer o crime, ele aponta que optou por tirar a própria vida.
No texto, ele insinua desavenças com a ex-mulher para o ato. “A vontade de voltar o Romeu velho é imensa, a vontade de querer tirar a vida da mãe da minha é enorme, mas não quero fazer isso. Prefiro partir”, diz trecho da carta.