Ex-deputada federal teria recebido propina de R$ 1 milhão para liberar emendas para município de MT

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O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), afirmou em delação feita à Procuradoria-Geral da República (PGR) que, em 2010, a ex-deputada federal e atual prefeita de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, Thelma de Oliveira (PSDB), pediu propina de R$ 1 milhão para liberar uma emendas parlamentares para o município que hoje administra.

O acordo firmado por Silval foi assinado em março deste ano com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e já foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

À reportagem, Thelma de Oliveira negou as acusações feitas por Silval. “Eu nunca estive no gabinete do governador, ainda menos para tratar de assunto de reeleição. Ainda mais porque nós éramos oposição”, afirmou.

Na delação, Silval diz que Thelma foi até o gabinete dele e afirmou que havia a necessidade de fazer um projeto para o sistema de captação, tratamento e distribuição de água em Chapada dos Guimarães e que, como deputada federal, tinha emendas no valor de R$ 10 milhões que poderiam ser liberadas para isso.

Segundo o ex-governador, a então deputada afirmou que, se Silval quisesse, poderia usar o dinheiro em outros projetos, desde que pagasse um “retorno” de R$ 1 milhão, que ela usaria na campanha de reeleição à deputada federal, durante as eleições de 2010.

O ex-governador disse que concordou com a proposta de Thelma e que, com isso, a emenda dela foi aprovada no Congresso Nacional e o recurso foi liberado entre 2011 e 2012. Ele afirmou ter antecipado à ela R$ 500 mil em dinheiro, valor que teria sido recebido por um irmão de Thelma.

De acordo com Silval Barbosa, Thelma passou a pressioná-lo para receber o restante do dinheiro e, por isso, ele pediu ao amigo e empresário Wanderley Torres, dono da Trimec Construções e Terraplanagem, para fazer o pagamento, o que foi realizado em forma de cheque. No entanto, o cheque teria sido devolvido por falta de fundos e a ex-deputada, que não conseguiu ser reeleita, teria continuado a cobrar o dinheiro. A reportagem entrou em contato com o empresário, que disse que não irá comentar a delação de Silval Barbosa.

Em 2011, o ex-governador disse ter sido procurado pelo deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), que teria lhe apresentado uma solução para pagar tanto a dívida que Silval ainda tinha com Thelma quanto o valor devido para o parlamentar, que aceitou não apoiar o candidato do PSDB nas eleições ao governo.

O deputado Guilherme Maluf disse que nunca pediu ou recebeu vantagem indevida e que as acusações de Silval barbosa são levianas e infundadas, feitas com o objetivo de escapar da prisão. Ele disse, ainda, que está à disposição para esclarecimentos.

Conforme Silval, as dívidas foram pagas por meio de cartas de crédito no valor de R$ 1,7 milhão, autorizadas por ele e expedidas pela Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) em nome de um servidor aposentado e sem cumprir os procedimentos internos previstos para esse tipo de pagamento.

Fonte: G1

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